sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A História da Polícia Militar (PM) do Exército Brasileiro

Texto de Geraldo Ramires e Marcos Renault.


Em meados de 1944 o contingente brasileiro se preparava para embarcar rumo à Itália para participar do esforço aliado contra as forças nazi-fascistas na Segunda Guerra Mundial.


Naquele momento tornou-se imperativa a organização um pelotão de polícia nos moldes daquela já existente nas tropas americanas visando garantir a ordem e prestar serviços de segurança.


Military Police Americana.


Como o Exército Brasileiro da época não era dotado de pessoal preparado para exercer tais atividades, solicitou-se á Guarda Civil de São Paulo, com larga experiência em serviços policiais e no controle de tráfego, o contingente inicial de 70 homens. Sua estrutura organizacional seguiu então o modelo Americano do pelotão MILITARY POLICE.

Foi sem dúvida uma das unidades da Força Expedicionária Brasileira mais bem preparadas. Com seu uniforme diferenciado, a força recebeu do Exército Brasileiro o treinamento militar complementar e em pouco tempo distinguiu-se das demais unidades.
Ilustração de como era o uniforme da Policia Militar da FEB

Suas atribuições: controlar o fluxo de veículos, conduzir autoridades, fazer investigações e policiamento e ainda orientar a tropa em seus deslocamentos no teatro de guerra.

A FEB recebeu motocicletas Harley Davidson para patrulhamentos.

Como o idioma predominante entre os aliados era o inglês, para exercer suas atividades em conjunto com o Exército Americano, os integrantes da Polícia Militar brasileira ostentavam uma braçadeira com as letras MP (MILITARY POLICE: Policia Militar) e dois pins (pouco menores do que um broche) de duas “garruchinhas” na gola do uniforme. No capacete a bandeira do Brasil com as letras MP e uma faixa vermelha com os distintivos da FEB e do 5º Exército Norte Americano, ao qual o Brasil foi incorporado.

Braçadeira da Military Police

Pin ou broche usado

Pin ou broche usado

Capacete da MP Brasileira com o simbolo do 5º Exercito Americano e bandeira Brasileira. Foto de Ivan Luís.

Capacete da MP Brasileira com a bandeira Brasileira. Foto de Ivan Luís.

A unidade teve algumas baixas, uma delas extremamente dolorosa: Um praça brasileiro MP que estava de serviço na Ponte Veturinna, em 10 de fevereiro de 1945, deu voz de prisão a um soldado norte americano que, embriagado, não quis seguir as suas ordens. O praça brasileiro foi morto a tiros pelo norte americano que posteriormente foi preso e entregue a sua respectiva unidade para ser julgado. Foi condenado pela Corte Marcial e fuzilado.

Terminada a guerra a MILITARY POLICE transformou-se na atual PE - POLÍCIA DO EXÉRCITO, unidade de elite do EXÉRCITO BRASILEIRO.

Foto atual PE (Policia do Exército) Fonte: chicomiranda.wordpress.com/tag/chico-miranda

Jeep Geraldo Ramires. Foto Sergio Carneiro.

Geraldo Ramires e esposa, Cida Ramires, com o jeep e as roupas em homenagem a FEB. 

Membro do Regimento Inconfidentes, Geraldo Ramires mantém viva a participação dos
“Military Police” brasileiros na II Guerra Mundial. Caracterizou seu jipe e usa o uniforme histórico dos brasileiros que deram início á Polícia do Exército Brasileiro. 

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Desfiles Militares de 7 de Setembro


Desde sua criação, o Regimento Inconfidentes participa dos Desfiles Militares de 7 de setembro.

Sempre auxiliando os veteranos da FEB (Força Expedicionária Brasileira), seus familiares e associados da ANVFEB Seção Regional Belo Horizonte e Museu da FEB BH.

A partir de 2011, o Grupo Histórico FEB em BH passou a participar do eventos com suas roupas da década de 1940.

Confira o cartaz de divulgação deste ano de 2013:

Arte de Lucas T.Vasconcelos


Fizemos um breve apanhado de fotos dos Desfiles, pois imagens falam mais do que palavras não é? 


Em 2009:

Foto Carlos Daher

Foto Carlos Daher


Em 2010:

Foto Marcos Renault
Foto Carlos Daher


Em 2011:

Foto de Adriana Souza de Moura
Foto de Adriana Souza de Moura


Em 2012:






Não perca esse ano! Começa as 9 horas partindo da frente do Palácio das Artes, na avenida Afonso Pena, no Centro de Belo Horizonte.

Mas a dica é chegar um pouco mais cedo, tirar fotos dos jeeps, das pessoas com roupas da FEB e da II Guerra Mundial, dos veteranos da FEB e arrumar um bom lugar pra assistir...

Esperamos vocês lá!!





quinta-feira, 22 de agosto de 2013

História do jeep "Estraviado" - Homenagem ao jeep da FEB

Vamos a segunda parte da história do jeep  "Estraviado", em homenagem à FEB (Força Expedicionária Brasileira) e à um veterano da FEB.

Leia a primeira parte da história do jeep aqui.

O dono do jeep, Carlos Daher e o veterano Claudio Soares se tornaram amigos por frequentarem o Museu da FEB BH e ANVFEB BH e pelo interesse em comum por jeeps.

Foto de Anita Lacerda

Dessa amizade e da história do jeep que Sr.Claudio dirigiu na II Guerra Mundial na Campanha da FEB, surgiu a homenagem.
O Veterano Cláudio era motorista de um Jeep que o Cabo Rômulo batizou de "Estraviado", por nunca saber por onde andava. Era responsável pelo transporte de uma metralhadora "ponto 30" e uma peça de morteiro 81mm. Com ele também iam um atirador, um municiador e o Cabo Rômulo, responsável pela execução da mira do morteiro. Dirigiu este Jeep durante todo o tempo que ficou na Itália.
Foto do veterano Claudio em Florença,Itália em 1945, depois do final da guerra com o jeep Estraviado

Como no jeep do veterano na Itália estava escrito "estraviado" com "s", o dono resolveu manter a mesma grafia para homenagear, porem o termo em português seria "extraviado", que quer dizer, perdido, que se perdeu no caminho.

[Conheça uma história que o jeep e Sr.Claudio viveram na Itália, durante a II Guerra Mundial aqui.]

Em junho de 2011, o dono do jeep resolveu fazer uma surpresa ao veterano. Foi se encontrar com ele em Santa Luzia (MG) e levou o jeep com a marcação do Exército Brasileiro na época da II Guerra Mundial (cruzeiro do sul) e o nome do jeep alterado de "Fire for Effect" para o mesmo que o Sr.Claudio dirigiu.

Foto de Carlos Daher

Ambos ficaram emocionados! E o veterano colocou a cabeça no capô do jeep e disse baixinho: você está vivo de novo, Estraviado! Como se falasse com o jeep...
Em uma outra oportunidade, ele foi entrevistado e fotografado em um jornal local de Santa Luzia (MG) com o jeep. 


De lá pra cá, o jeep participou de vários eventos do Museu da FEB BH e ANVFEB BH, do Regimento Inconfidentes, foi escolta de honra de veterano ao seu tumulo , apareceu em revistas, viajou para as cidades de São João Del Rey, de Tiradentes,etc.

Divulgação Revista Encontro
Em São João Del Rei (MG) - Foto de Anita Lacerda

A caminho de São João Del Rei(MG) - Foto Carlos Daher.
Haverão muitas aventuras pela frente com esse jeep, que seguindo a tradição do nome, "nunca se sabe por onde anda".


Se você tem alguma foto com o "Estraviado" ou dele, envie pra nós nos comentários.

O próximo jeep que vamos contar a história será o "Cidinha", de Geraldo Ramires. Aguardem!
Foto de Sergio Carneiro Correa

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Olive drab, verde oliva...qual a cor certa para viaturas históricas?

Texto escrito por Geraldo Ramires, dono do Jeep “Cidinha”, componente do Regimento Inconfidentes.


A maior preocupação para quem está terminando uma restauração ou para repintar uma viatura militar está relacionada com a cor certa.

Quando da fabricação dos jipes, a Willys e a Ford, escolheram  uma cor denominada "olive drab", conhecida no Brasil como verde oliva.

Outras cores foram a cor de terra (khaki) para uso no deserto e a cinza para a marinha.


Sua característica principal:
  •  Fosca, sem brilho: tinha a finalidade de evitar reflexos para que o veículo não fosse localizado pela aviação inimiga.

Para uma boa restauração, deve-se pesquisar a cor certa buscando êxito no acabamento final, que é a parte mais importante.

Quando fui pintar o meu jipe, tentei comprar a tinta original nos EUA e não consegui importar. Isso ocorreu porque é proibido o transporte internacional de produtos inflamáveis.

Na época tinha recebido lanternas para jeep , do Peter Debella, tradicional fornecedor de peças para jipes nos EUA.  Eles vieram pintados com a cor original do período da guerra.

Fui informado que em Belo Horizonte havia uma empresa que fabricava tintas sob encomenda. Levei a lanterna de amostra e desenvolveram uma ótima tinta com a qual pintei o meu jipe.

O nome da empresa é "Tigrão Tintas”. Fica na Avenida Silviano Brandão, numero 2200, telefone (31)3482-0001.

A cor da tinta que desenvolveram para o meu jipe tem as seguintes referencias: Verde exército tigrão.tinta pu.código jd o8/204.

A fórmula está arquivada no computador deles.

Sugiro acessar o site da empresa americana surplusjeep.com/trspaint.htm onde se pode ver uma tabela com as cores e os anos das pinturas oficiais.

Abaixo o jeep do Geraldo, resultado final de muita pesquisa, trabalho e esforço! Em breve vamos publicar a história dessa querida viatura militar. 
Foto de Sergio Carneiro Correa

Foto de Anita Lacerda


segunda-feira, 19 de agosto de 2013

História do jeep "Estraviado"

Encontrado em 2008 em um ferro velho no anel rodoviário de Belo Horizonte, esse lindo jeep estava todo destruído, segundo seu dono, Carlos Daher.
Levou um ano para a montagem inicial, "para o jeep começar a rodar", diz.
Porem, de lá pra cá, mudou bastante. Já se chamou "Fire for effect", teve marcação americana, teve 4 rádios, foi jeep ambulância, de patrulha armada,etc.

Estraviado, que era Fire for Effect em 2009 - Foto de Carlos Daher


Foto de Carlos Daher





Foto de Sergio Carneiro Correa


Confira na próxima postagem a explicação do nome "Estraviado" e a ligação com um veterano da FEB (Força Expedicionária Brasileira). 



sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Missão Regimento Inconfidentes

Somos um Clube de veículos militares históricos e militarizados de Belo Horizonte e região. 
Foto de Sergio Carneira Correa.

Foto de Sergio Carneira Correa.

Foto de Sergio Carneira Correa.


Foto de Sergio Carneira Correa.
Apoiamos o Museu da FEB(Força Expedicionária Brasileira) em BH e as iniciativas em prol da memória da participação brasileira na Segunda Guerra Mundial e seus ex-combatentes.
Foto Vitor Santos

Foto de Débora Melo
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